sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Família é prato difícil de preparar!!!


Família é prato difícil de preparar

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar, tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
(Livro Arroz de Palma - Francisco Azevedo)

terça-feira, 11 de novembro de 2014

QUEM MORRE?

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
 
NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ
Martha Medeiros

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Por que eu coloco meu marido antes de nossos filhos - Stephanie Jankowski


Antes de ter meus próprios bebês, eu imaginava o tipo de mãe que gostaria de ser: um pouco de Carol Brady pela paciência, um toque da Claire de "Modern Family" pelo senso de humor e uma pitada da Peg de "Married with Children" pelos bombons. E tinha plena consciência de que jamais poderia ser June Cleaver; simplesmente não está no meu DNA fazer jantar a partir do zero todas as noites, e não tenho um colar de pérolas.

Quando meu marido e eu recebemos o "Bebê Número 1 em 2009", eu imediatamente estabeleci expectativas realistas para mim mesma como mãe e para nós como casal, porque de que adianta ter objetivos se eles não são alcançáveis? Eu obviamente queria ser a melhor mãe possível, mas não queria mergulhar tão completamente em meus filhos que ficasse distante de meu marido. Ou de mim mesma. Foi enquanto lutava para encontrar um equilíbrio entre meus desejos e minha realidade que fiquei cara a cara com as expectativas predeterminadas que a sociedade, especialmente outras mães, haviam definido para mim. Desafiar ideias insossas de quem as mães devem ser foi o tema de um artigo escrito por Amber Doty intitulado "Colocando seu marido em primeiro lugar". Nesse texto, Doty afirma ousadamente que seu marido é sua prioridade número 1:

"Embora eu compreenda... a possível impermanência do casamento em comparação com o elo indissolúvel entre mãe e filho, vejo meu investimento em meu relacionamento com meu esposo como algo que é benéfico para nossa família como um todo. Priorizar as necessidades de meu marido diminui a probabilidade de divórcio e aumenta as chances de que nossos filhos permaneçam em um lar com pai e mãe." Quando leio esse trecho, balanço a cabeça em solidariedade. Ser pai ou mãe é difícil, e eu honestamente não quero fazer tudo sozinha. Lembrei-me das vezes em que coloquei as necessidades de meu marido antes das de nossos filhos e -- você está sentada? -- dos dias, embora raros, em que coloquei minhas próprias necessidades antes deles todos.

 Não há dúvida de que jantar com amigos e sair à noite com meu marido ajudam a acalmar os mares turbulentos da criação de filhos. A explicação da autora -- com a qual concordo -- é que ela e seu marido são um time, e os times vencedores treinam juntos e exercitam a comunicação aberta. Certamente, a última nem sempre é fácil de alcançar com filhos constantemente interrompendo a conversa (e os momentos sensuais), por isso os instantes roubados longe dos pequenos são cruciais.

 Desculpem-me, crianças, mas às vezes mamãe prefere ficar abraçada com papai no sofá em vez de jogar Candy Land pela enésima vez. Isso nos torna mães ruins? Sim. Pelo menos segundo os comentários venenosos deixados por várias leitoras anônimas (chocante!). Muitas ficaram perturbadas com a ideia de que uma mãe "ignore de maneira egoísta seus filhos" ao "atender a seu marido". Outras simplesmente não podiam compreender por que uma mulher tem filhos se não vai fazer deles seu foco absoluto.

 Deixem-me esclarecer: se nossos filhos forem nosso único motivo para existir, eles crescerão autocentrados, moleques malcriados que não sabem doar ou compartilhar seu tempo ou suas coisas. Já não temos pessoas como essas suficientes entre nós? Pedir a nossos filhos para esperar um pouco ou lhes dizer "não" não vai prejudicar sua autoestima nascente.  Demonstrar amor e apreço por seu pai não vai danificar suas psiques delicadas. Pelo contrário, na verdade. Ao dar prioridade a nossos maridos e às vezes a nós mesmas, estamos ensinando nossos filhos a respeitar os outros e a si mesmos.

Presenciar seus pais cuidarem das necessidades do outro de vez em quando pode estimular um pouco de paciência e compaixão. Não vejo por que isso é ser egoísta. Na verdade, para mim parece uma criação exemplar. Não estou dizendo pegue o próximo voo para Paris e tenha uma aula de culinária His & Her enquanto seu filho sobe no palco na formatura do colégio, mas enviar as crianças à casa da vovó por uma noite? Isso não a torna uma mãe ruim. 

Valorizar nossos esforços, amar nossos filhos e encontrar tempo para nós mesmas pode coexistir com um casamento saudável e uma família feliz. Ao construir qualquer coisa, é crucial ter uma base forte, e é por isso que continuo colocando a relação com meu marido antes de nossos filhos. Como pais, nosso objetivo para o futuro inclui filhos felizes e saudáveis que são independentes de nós, e talvez uma casa na praia. Como casal, esperamos evitar olhar em branco um para o outro sobre a mesa da cozinha, quase desconhecidos da pessoa com quem nos casamos há mais de 50 anos. E como mulher eu uso orgulhosamente os títulos de esposa e mãe, mas antes de me casar com as crianças eu era Stephanie, e me recuso a esquecer isso.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Qual a qualidade dos seus pensamentos?





Você já se deparou coma seguinte cena?
Caminhando na rua, você observa um pai (ou mãe), brincando com seu filho no parque ou praça. A criança, de mais ou menos 2 anos, se divertindo e soltando gostosas gargalhadas com as brincadeiras dos pais, ao estilo "vou te pegar" e a criança corre "fugindo" e sorrindo, se deliciando com aquela aventura. Existe alguma outra reação possível a quem vê uma cena como esta a não ser ficar feliz e gargalhar junto??

Esse é um simples exemplo de como os seus pensamentos e emoções são afetados por situações cotidianas e podem fazer a diferença não só na sua própria felicidade e satisfação, como também na de outras pessoas. O que você pensa, sente e como você se comporta tem influência direta sobre a sua felicidade e das pessoas ao seu redor.


Quem você quer ser?
Alguém que causa tensão, raiva e sofrimento aos membros da sua família e amigos, fazendo com que eles, por sua vez, se tornem pessoas ansiosas, compensando essas frustrações no que comem, nos seus hábitos ou mesmo descontando em outras pessoas? Ou quer ter o papel daquela criança que, com seu simples estado de alegria contagia todos ao seu redor e transmite alegria?

Ao longo do dia, o cérebro produz em torno de 60 mil pensamentos. Se você se prender a questões negativas, gastará bastante energia durante o dia, produzindo sofrimentos muitas vezes desnecessários. Se você sofre com tensão, ansiedade, nervosismo, insegurança ou qualquer outra condição que traz sofrimento a você e quem está a sua volta, isso pode estar relacionado a crenças criadas por episódios do seu passado que, quer você saiba ou não, 
interferem no seu comportamento hoje.

É como um ciclo destrutivo. Para sair disso, é preciso vontade e exercício em manter bons pensamentos, boas energias e boas vibrações. Não precisa ser nada muito elaborado, apenas busque em você aquela criança sorridente que você tem dentro de você! Com certeza, ela te ajudará a irradiar e contagiar alegrias e pensamentos melhores!


Fernanda Baldi
Psicóloga e Psicoterapeuta Sistêmica

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A posição correta de uma árvore torta



“Um dia, diante da velha árvore torta, um pinheiro todo vergado pelo tempo, o sábio de uma aldeia ofereceu a sua própria casa para aquele discípulo que “conseguisse ver o pinheiro na posição correta. Todos se aproximaram e ficaram pensando na possibilidade de ganhar a casa e o prestígio, mas como seria “enxergar o pinheiro na posição correta”? O mesmo era tão torto que a pessoa candidata ao prêmio teria que ser no mínimo contorcionista.

Ninguém ganhou o prêmio e o velho sábio explicou ao povo ansioso, que ver aquela árvore em sua posição correta era “vê-la como uma árvore torta”. Só isso
Nós temos em nós, esse jeito, essa mania de querer “consertar as coisas, as pessoas, e tudo mais” de acordo com a nossa visão pessoal. Quando olhamos para uma árvore torta é extremamente importante enxergá-la como árvore torta, sem querer endireitá-la, pois é assim que ela é. Se você tentar “endireitar” a velha árvore torta, ela vai rachar e morrer, por isso é fundamental aceitá-la como ela é.
 
Nos relacionamentos é comum um criar no outro expectativas próprias, esperar que o outro faça aquilo que ele “sonha” e não o que o outro pode oferecer. Sofremos antecipadamente por criarmos expectativas que não estão alcance dos outros.  Porque temos essa visão de “consertar” o que achamos errado. Se tentássemos enxergar as coisas como elas realmente são, muito sofrimento seria poupado.
 
Os pais sofreriam menos com os seus filhos, pois conhecendo-os, não colocariam expectativas que são suas, na vida dos mesmos, gerando crianças doentes, frustradas, rebeldes e até vazias.
Tente, pelo menos tente, ver as pessoas como elas realmente são, pare de imaginar como elas deveriam ser, ou tentar consertá-las da maneira que você acha melhor. O torto pode ser a melhor forma de uma árvore crescer.
 
Não crie mais dificuldades no seu relacionamento, se vemos as coisas como elas são, muitos dos nossos problemas deixam de existir, sem mágoas, sem brigas, sem ressentimentos.
 
E para terminar, olhe para você mesmo com os “olhos de ver” e enxergue as possibilidades, as coisas que você ainda pode fazer e não fez. Pode ser que a sua árvore seja torta aos olhos das outras pessoas, mas pode ser a mais frutífera, a mais bonita, a mais perfumada da região, e isso, não depende de mais ninguém para acontecer, depende só de você. “Autor desconhecido

Para refletir:  olhamos sempre para as árvores dos outros, mas e você: você conhece a sua árvore? Você aceita a sua árvore? “Quando me aceito como sou, posso então mudar” Carl Rogers. A minha árvore é a única que posso transformar, mas, também, no seu tempo olhando suas possibilidades e reconhecendo seus REAIS LIMITES.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Resiliência

Os resilientes são aquelas pessoas que passam por dificuldades, como todo mundo, só que a reação deles não é igual a de todo mundo.  Com eles a coisa é diferente. Por mais fortes e traumáticas que sejam as dificuldades, eles superam. Somos repletos de desafios e situações cotidianas, tais como: término de relacionamentos, perda de emprego, morte de entes queridos, doenças, conflitos interpessoais, traumas, aposentadoria, mudanças, desastres, entre tantos dos quais nos vemos obrigados a nos reconstruir. São nesses momentos que precisamos ser resilientes e reagir quando passamos por uma situação de estresse, tendo a capacidade de retornar ao estado normal, após sofrer grande pressão. É um atributo da personalidade que pode ser desenvolvido.
Administrar as emoções, controlar os impulsos, ter otimismo são habilidades de se manter sereno diante de um problema. Um dos fatores de maior importância é o apoio, é o acolhimento feito por outras pessoas, e que pode ser também o terapeuta, o psicólogo que vai te ajudar a desenvolver a sua autoestima e autoconfiança.
O desenvolvimento da resiliência começa pelo aceitar o desafio, onde se reconhece a existência do problema e também se percebe que existem soluções. Desenvolvendo e aprendendo a ser resiliente você aprende a confrontar as situações, enfrentar as tensões, ter desenvoltura, de cada experiência você faz um aprendizado positivo. Ao invés de focar no problema, foca na solução. É uma conquista pessoal. Saibam que temos uma capacidade de renovação eterna, podemos melhorar sempre!! É só saber como usar essa capacidade. É treino. O tempo é agora, não há tempo para paralisar, revoltar, inconformar, acomodar, deprimir!!!  Não é à toa que você cresce mais como ser humano justamente nos momentos de dificuldade! Desenvolva resiliência porque uma pessoa resiliente não se abate com facilidade, não culpa os outros pelos seus fracassos, ela luta. O autoconhecimento é a base para qualquer mudança de vida e a ajuda de um psicólogo facilita esse processo.
A felicidade como já mencionou um grande autor  não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio.

É possível desenvolver, lapidar, aprimorar nossa resiliência. Carlos Drummond de Andrade escreveu: "A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."                                                        Ana Tereza Veloso - Psicóloga

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dia 27 de Agosto: Dia do Psicólogo!



Hoje, dia 27 de Agosto, comemoramos no Brasil, o dia do Psicólogo. Através da Lei 4.119/64, nossa profissão foi regulamentada nesta mesma data no ano de 1964.

Sim, temos apenas 50 anos de profissão no país. Uma profissão nova, mas importantíssima. Nova e, talvez por isso, cheia de mitos e fantasias errôneas, de que só os “loucos” ou doentes mentais precisem de acompanhamento terapêutico. Ainda bem que estamos conseguindo quebrar esses estigmas e preconceitos ao longo dos anos!

Por definição, cabe da ao Psicólogo "estudar os fenômenos da mente e do comportamento do homem com o objetivo de orientar os indivíduos a enfrentar suas dificuldades emocionais e ajudá-los a encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção".

Procurar um Psicólogo é importante quando nos deparamos em situações difíceis, como luto, separações, traumas, doenças, medos, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, comportamentos agressivos ou inadequados, dificuldades escolares, estresse, entre outros.

Quando alguém busca a ajuda de um Psicólogo e inicia-se um processo terapêutico, abre-se a oportunidade de trabalhar o autoconhecimento, ampliar a percepção dos comportamentos utilizados até então, observar as relações familiares e os padrões de funcionamentos adotados pelos membros da família. Dessa forma, além de se trabalhar com os sintomas e problemas, podemos também trabalhar com o fortalecimento de relações sadias e mais adequadas ao nosso bem-estar.

Existem várias abordagens teóricas e formas de trabalhar nesta rica profissão. Assim como existe em cada canto de cada cidade, alguém que precise de um apoio, de uma escuta especializada para conseguir visualizar novas saídas e soluções para as situações enfrentadas. 

Portanto, se você está precisando de um Psicólogo, não deixe para amanhã! O quanto antes você começar o seu caminho ao autoconhecimento e novos aprendizados, mais rápido você se sentirá aliviado e conhecedor de si mesmo. A equipe do NASS está a sua disposição para te atender!


Texto: Fernanda Baldi
Psicóloga e Psicoterapeuta do NASS 


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"O nascimento de uma criança na família iniciará uma relação daqueles que protegem com aquele que precisa ser cuidado e protegido. Os filhos pequenos precisam ser protegidos e os pais precisam desempenhar este papel de protetores. Mas, à medida que os filhos vão crescendo, haverá a necessidade de mudar essa relação. Os pais passarão de uma posição mais ativa para uma mais passiva, ou seja, de protetores a consultores para uma função de suporte e apoio. Os filhos de protegidos a consultantes caminham para sua libertação e individualização." Camila Lobato

quinta-feira, 31 de julho de 2014

"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles."
Rubem Alves

terça-feira, 22 de julho de 2014

Laços de amizade


Entrevista concedida ao Jornal Estado de Minas (do dia 20 de julho de 2014) pela coordenadora do NASS.



O Bem Viver conta a história de pessoas que se uniram pela afinidade e pelo prazer de estar juntas

A turma do Petegolo, que existe há 38 anos, é formada por cerca de 30 amigos entre 54 e 79 anos
O que seria da vida sem os amigos? Pode ter certeza de que, na solidão, seria muito mais sem graça. Está comprovado que conviver com pessoas queridas afasta doenças, melhora a autoestima e alegra o dia a dia. O Bem Viver convida você para comemorar o Dia Internacional da Amizade, celebrado hoje, na contramão do mundo corrido: reserve um tempo para cultivar as relações com quem se ama.

Ninguém nasceu para viver sozinho. A psicóloga Fernanda Seabra, do Colégio Conviver e especialista em terapia familiar sistêmica, esclarece que precisamos pertencer a um grupo desde o momento em que nascemos e somos acolhidos pela nossa família. Com o tempo, passamos a nos agrupar por afinidade. “Os inimigos têm os nossos defeitos e os amigos, as nossas características, por isso eles são o espelho da nossa alma. Com a amizade vamos atrair pessoas que se parecem com a gente e têm em comum os mesmos planos, vontades e desejos”, diz.

A realidade, no entanto, é cruel. São tantas as tarefas para cumprir em um curto tempo que faltam oportunidades para encontrar os amigos. Afinal, manter as relações em dia exige dedicação. “Mas na hora em que passamos um momento de dificuldade, se não tivermos estabelecido uma rede de apoio e alimentado nossas relações vamos sofrer sozinhos. Os vínculos nos dão suporte”, pondera. Por isso, a psicóloga sugere criar o hábito de cultivar as amizades, nem que seja com um telefonema. Nenhuma relação vai ter futuro, se não for cuidada.

Todas as quintas-feiras, o pediatra Jamil Nahass, de 74 anos, deixa o consultório para encontrar amigos de longa data, todos integrantes do grupo Petegolo. Eles jogam peteca e depois jantam no Pampulha Iate Clube, em Belo Horizonte, enquanto batem papo e se divertem. “A maior motivação para estar com os amigos é o aconchego. Às vezes você sai com um problema do consultório e, quando chega lá, com todo mundo falando ao mesmo tempo, em cinco minutos está numa ótima. Parece que fez terapia de um ano”, brinca. “Se não fosse o compromisso, pelo menos meia dúzia estaria em casa deprimido e cheio de dor.” Hoje, quase 30 homens fazem parte do grupo, entre 54 e 79 anos. 

As regras para entrar no Petegolo são claras: o candidato tem que passar primeiro pela avaliação do chefe e depois deve pagar um jantar para todos os integrantes. Antes de ser oficialmente integrado ao grupo, ele permanece em período de experiência por três meses. “Também tem que jogar peteca no mesmo nível. Se jogar mal, a turma o encosta até recuperar a forma”, informa o pediatra. E mais, mulher não entra. Há quase quatro décadas, Jamil conquistou seu lugar no Petegolo cozinhando deliciosos pratos árabes e assumiu a função de fiscalizar a saúde dos velhos amigos. “Fico coordenando a saúde de todos. Não deixo comer demais, não deixo engordar nem abusar da bebida.”

De fato, ficar isolado aumenta as chances de depressão. Mais um motivo para estreitar as relações com os amigos. “Saber que o outro se interessa por mim e me considera alimenta a vontade de viver e o desejo de sair de casa. Isso nos mantém vivos”, afirma Fernanda Seabra. A amizade também pode ser usada a favor da saúde, assim como ocorre no Petegolo. Por que não convidar um amigo para ser companheiro de atividade física? Há quem se sente mais motivado para se exercitar quando está acompanhado. “É um momento de cuidar do corpo, se divertir e conversar. A pessoa volta para casa muito mais relaxada e com uma sensação de prazer. Pode até ser que os problemas não se resolvam, mas o fato de ser ouvido por uma pessoa de quem se gosta tem efeito terapêutico”, diz a especialista.

COMPANHIA
O professor Ronaldo Lemos Botrel, de 61, não tem dúvida de que a atividade física fica muito melhor com companhia. Ele é um dos integrantes mais antigos do grupo Corredores da Bandeirantes (Corban), em referência ao nome da avenida onde ocorrem os encontros diários, sempre no início da manhã. A preguiça e o cansaço são deixados de lado quando Ronaldo lembra como é bom conviver com os amigos que, assim como ele, gostam de correr. “Como temos afinidades, sai muita risada, casos engraçados e brincadeiras. Além de fazer a prática da corrida, desfrutamos de momentos agradáveis”, comenta.

Em mais de 30 anos surgiram vários amigos que ainda estão presentes na vida de Ronaldo. O professor, que também é maratonista, ressalta que a longa preparação para as provas acaba contribuindo para criar laços de amizade entre os competidores. “A corrida é o que nos motiva a encontrar e conviver, e em razão disso muitas amizades são consolidadas.” 

FONTE: Estado de Minas